Hoje, dia 12 de Junho de 2020, BTS completa 7 anos de debut, então a maneira de comemorar isso, principalmente quando sabemos que eles quase deram disband após o lançamento do DNA, seria uma review de uma das melhores eras do BTS, a Love Yourself, que conteve muitas tracks e muitos MVs, além da expansão mundial para o sucesso do grupo.
Titles e MVs:
Eu vou pela ordem do Love Yourself: Answer, okay? O primeiro MV da era foi DNA, uma mescla de bubblegum pop com EDM, além de referências de Synthpop. Eu ignorei o single no dia do lançamento e só fui dar moral mesmo após a apresentação do Billboard Music Awards. O MV é muito bonito, toda a estética colorida combina com bastante, e a mescla dos raps e dos vocais não incomodam como me irritam em Boy With Love, apesar de que gosto mais do break final.
BTS começou com esses singles intro, que na verdade são pré-releases que para preparar, além de solos de seus integrantes. Singularity é uma faixa mais R&B que combina com os vocais anasalados, tem um MV básico, mas atrativo, então é uma boa para se ouvir despretenciosamente.
Fake Love foi o single oficial do Tear, uma faixa mais pop/hip-hop, coisa que vemos o Post Malone fazendo, por exemplo, com construção que estoura no refrão e entrega uma letra forte. O ponto da era Love Yourself foi que não exageraram tanto no autotune na voz dos meninos, e eles combinam muito com tudo, pois a parte mais sussurada da vocal line não atrapalha a rap line. MV é um dos melhores deles pelo fator de uso real das cenas e pouco uso do fundo verde.
Idol foi uma bagaceira tremenda, de uma música pra lá de experimental com acordes orientais e africanos (Engraçado que não vi as mesmas armys falando de apropriação cultural do mesmo jeito que atacaram outros grupos…). Com uma crítica ao ser idol, além do uso mais descarado de efeitos visuais e o famoso fundo verde, é a melhor farofa deles em tempos, porque eu mesmo gosto de alguns estilos mais bagaceiros (Vide Zimzalabim).
Airplane PT.2 é um single que mescla o bubblegum com o pop latino, não caindo no reggaetton. O clipe é bem bonitinho, é divertido, e como acabou virando um single japonês, essa é a versão japonesa, mas vocês encontram a versão coreana pelos serviços de streaming. O que é falo é a preguiça em fazer singles novos para o Japão (Apesar de que isso ajuda a terem mais Mvs para um mesmo álbum).
Mic Drop tem a versão clean e a versão remix, mas o clipe com o Steve Aoki foi para trazer mais luz ao grupo que ainda estava em ascensão. A música mescla trap, com hip-hop e o eletrônico tryhard que é marco do Aoki, o vocal dos meninos ficou para lá de estranho, porque parece que falta ar em todos, sem exceção. Hoje eu escuto com menos estranheza, mas ainda é um single de difícil digestão. O clipe é muito bom, é bem feito, com efeitos bons.
Quando saiu o a´lbum, uma parceria inusitada foi com a Nicki Minaj, que fez uma ponta. Com isso, tivemos um MV também, mas não há interação entre o grupo e a rapper (Claro que eu prefiro essa versão por ser fã da Nicki… Mas o feat dela com o 69 eu não passo pano e nem comentarei sobre). Pelo que eu me lembro, foi num ano em que a Nicki teve tanto feat que ficou difícil ela participar pessoalmente, então as gravações ocorreram em momentos distintos, apenas me recordo que ela pediu para as linhas dela aparecerem em coreano no MV para os fãs que não sabiam inglês.
Track by track:
Como toda a era é composta por 3 mini álbuns e 1 full álbum, que é um repacked de algumas principais, eu farei álbum por álbum, acrescentando apenas as inéditas para o Answer.
O Her começa com a intro Serendipity, uma midtempo cala, que meteme a algo mais R&B, é bem suave de se ouvir, começando bem o álbum. Best Of Me é uma parceria com The Chainsmokers, ela é um EDM bem qualquer coisa, que poderia aparecer em qualquer discografia, não mata ouvir as vezes, mas uma horaa ela cansa. Dimple é quase uma follow-up da intro, segue o mesmo estilo calmo.
Pied Piper é um retrô bem chills, combina bem com os vocais. Esse Skit é o discurso no BillBoard Music Awards, e para quê? Temos aqui MIC Drop, a versão não remix, mas não muda nada da versão do Aoki, na verdade. Go Go é uma mescla de bubblegum com trap, tem a flautinha ao fundo que dá um ar legal à música. Ela virou single por ter sido viral, na época. Por fim, encerramos com o Outro: Her, uma balada vocal no piano, que mescla hip-hop.
O Tear possui a intro e a title Fake Love. As b-sides começam com The Truth Untold – Steve Aoki, uma balada vocal no piano. 134340 é uma midtempo jazz. Paradise é uma midtempo vocal, com instrumental mais retrô, bem funky. Love Maze também segue uma linha midtempo, com pegada retrô. Magic Shop já muda o estilo e coloca um eletrônico mais agitado, algo que o Martin Garrix entregaria muito bem também.
Anpanman já é um bubblegum com trap, dando foco nos vocais mais anasalados, como é o caso do J-Hope e do V. So What também segue uma linha eletrônico, com estilos mais retrô. Encerramos o álbum com Outro: Tear, uma hip-hop mais dark, com acordes mais graves.
O álbum japonês dele, Face Yourself, também faz parte dessa saga até a conclusão. Abrimos com a Intro: Ringwanderrung, que não passa de uma mescla em eletrônico de alguma canção, bem intro mesmo. Das originais, tivemos Don’t Leave Me, uma eletrônico melódico, com carga dramática em nível bem alto, consegue ser uma das melhores b-sides do BTS para mim. A outra inédita é Crystal Snow, uma midtempo mais eletrônica, com vocais mais fortes (Eu diria que a Spring Day versão japonesa).
A próxima é Let Go, uma balada bem follow-up de Cristal Snow. O álbum encerra com Outro: Crack, que segue o mesmo estilo da intro, não tem vocal, apenas uns ecos e somente o instrumental mais folky.
O Answer é o repacked com algumas adicionais inéditas. Ele começa com Euphoria, o solo de um dos integrantes, elogiada até hoje por muitas armys, que é um eletrônico bem calmo para se ouvir, porque não estoura tanto. Trivia: Just Dance é uma uptempo dançante, bem disco. Serendipity é uma balada vocal que mescla instrumental eletrônico com banda. Trivia: Love segue a linha de músicas que mesclam estilos, entregando ritmos que puxam o trap com o pop.
A próxima inédita é Trivia: SeeSaw, uma midtempo com estilos mais funky e retrô. Epiphany é uma balad vocal, conduzida por piano, violão e algumas mesclas de eletrônico e synthpop. I’m Fine segue a linha melodramática que as faixas anteriores, assim como Answer: Love Myself. A diferença da primeira é o refrão em eletrônico, o que a segunda já não tem, mas há bastante referências country.
O Answer é divido em 2 CDs, sendo o segundo com poucas inéditas, sendo um remix de DNA, o Pedal 2 La Mix, que puxou os acordes para o rock, usado na turnê dessa era. Por fim, encerramos as inéditas com Fake Love (Rocking Vibe Remix) que, assim como a anterior, puxou um pouco dos acordes para o rock, o que deu um ar novo.
Conclusão:
DNA: 9/10 (Single: 5/5 + MV: 4/5);
Singularity: 5/10 (Single: 1/5 + MV: 4/5);
Fake Love: 9/10 (Single: 4/5 + MV: 5/5);
Idol: 9/10 (Single: 4/5 + MV: 5/5);
Airplane pt.2: 6/10 (Single: 3/5 + MV: 3/5);
MIC Drop: 8/10 (Single: 3/5 + MV: 5/5);
Love Yourself – Her: 7/10;
Love Yourself – Tear: 7/10;
Face Yourself: 8/10;
Love Yourself – Answer: 6/10;
Nota final: 74/100.
Recepção Mundial:
A era Love Yourself foi uma das mais aclamadas dos meninos, até porque é a que chutou de vez os meninos para o sucesso internacional. Como já vimos, há muito que comentar porque foram muitos álbuns. O Her conseguiu 3º lugar na BillBoard Canadense de álbuns, 2º lugar na Billboard chinesa, 2º na Billboard estadunidense e encerrou o mês em 1º na Gaon.
O Tear vendeu mais de 1,4 milhões de cópias, sendo mais de 1 milhão na pré-encomenda, fazendo os meninos serem o primeiro grupo a atingir esse feito. O álbum atingiu 1º na Gaon, 8º lugar no Reino Unido e 1º lugar na Billboard japonesa. O Face Yourself é um álbumjaponês, o terceiro dos meninos, então o foco deles foi maior no Japão. Com mais de 282 mil cópias, quebraram o recorde do grupo feminino Kara, depois de 6 anos e meio de manutenção desse recorde. Mesmo sendo voltado ao mercado japonês, o álbum pegou 1º na Billboard estadunidense, além de 1º na Billboard japonesa e na Oricon, além de 42º na Austrália, 96º na Espanha, 62º na Suiça, 7º na Nova Zelândia e muito mais.
Por fim, o Answer recebeu alguns prêmios, como Melhor Álbum da Korea Popular Music Awards, Disk Daesang e Disk Bonsang no Golden Disk Awards, além de outros. Somente nos primeiros 8 dias, eles contabilizaram mais de 1,9 milhões de cópias vendidas, e resulta hoje com mais de 5 milhões de álbuns, pegando 1º no Canadá, 1º no Japão, 6º no México, 14º no Reino Unido, 1º na Gaon e 1 º nos principais charts estadunidenses.

Considerações finais:
Eu real fiquei impressionado com algumas músicas do BTS, porque alguns grupos masculinos não buscam seguir coesão e coerência entre suas b-sides, o que claramente vemos no BTS. Claro, a nota relativamente média não significa que é ruim, só mostra que eles usam um estilo que não me agrada muito. Eu só desejo todo sucesso a eles e que tudo dê certo, até porque serão 14 anos de grupo, ao menos, já que todos renovaram seus contratos com a empresa.
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Sairei do tema principal, mas isso é mais importante.
Pessoal, para quem me acompanha nas redes sociais, sabem que eu me posiciono em muitos casos, eu não poderia deixar de relembrá-los da situação em que estamos passando, com os protestos nos EUA, no Brasil e em demais lugares do mundo. Estou fora do meu local de fala e posso fazer pouco perante isso. Contudo, não podemos esquecer que o pouco que façamos já é uma ajuda, mesmo que dentro da nossa limitação.