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Entendendo a História: Addicted, do PIXY

E aí, meu povo, como estão? Vamos continuar nossa histórias das PIXYs?

Encarando que Villain contou uma história totalmente diferente do que eu esperava do, na época, sexteto, creio que Addicted é o final da temporada e também da trilogia. Se a empresa vai para outro rumo depois, não saberemos, uma vez que o grupo passou por reformulações, com a saída de duas integrantes e a adição de algumas novas. Isso poderia ser excelente para darem um andamento na história.

Peço que leiam as duas primeiras partes antes dessa, pois assim vocês saberão o que eu falarei nessa minha teoria/fanfic, e também como eu faria com o andamento da história, além de conseguir, e tentar, linkar Villain nesse meio.

Addicted é uma música cujo instrumental combinou muito coma época em que foi lançada, o Halloween. Assim, uma música mais tensa, bem darkpop, com conceitos e detalhes que iam e vinham do EDM, fazia a música ter uma atmosfera que penetrasse e indicasse um quesito maléfico e que aprofundasse ainda mais a história das seis fadas em busca de suas asas.

Aos que leram e lembram do que aconteceu em Let Me Know e Wings, sabem que a DIA foi a integrante que se rendeu aos poderes da bruxa e se tornou uma espécie de espiã, que vem impedindo o andamento da busca pelas asas. Assim, corta para a cena inicial de ela acorrentada acima de uma espécie de túmulo, e não sozinha, com alguma segurança, que são as mulheres ao redor.

Podemos interpretar a cena como dois momentos: 1) Estamos falando de uma cena que ocorre entre Wings e Let Me Know, tendo conhecimento que em Let Me Know ela já está possuída e ativa na parte de espiã, enquanto em Wings ela estava se entregando; ou 2) Na verdade, não existe uma possessão, mas sim um doppelgänger, ou seja, a irmã gêmea do mal.

Segundo a mitologia e crença alemã, o doppelgänger, ou sósia não-biológico, é uma versão oposto ao ser humano em si, majoritariamente o oposto da aura verdadeira. Em muitos casos, está relacionado a algum evento paranormal, e indica prenúncio de má sorte, ou seja, indicando que as seis PIXYs, mais em específico a DIA, estaria com a sorte em jogo. Agora, lembrem desse detalhe do doppelgänger mais para a frente.

Quanto a letra da música, que foi um detalhe que me incomodou em Let Me Know, aqui eles até conseguem arrumar, mas no começo, fica mais parecendo uma pequena discussão entre duas pessoas que não se gostam.

Nisso, cena da rapper Dajeong presa em um túnel que vai fechando aos poucos e as paredes vão ficando mais próximas e menores, bem jogos mortais. E isso ela reflete na letra, em que cita o processo de estar mal com ela sendo atirada de um lado para o outro, ou seja, violentada e sendo pressionada a fazer o que não tem vontade.

A cena da Ella é uma das mais bonitas e mais instigantes, pois ela está no centro de algum ritual de invocação, temos velas acesas, temos o suporte de incenso em chamas rodando ao redor dela e temos as guardiãs da DIA subindo as escadas, parecem que estão em Glitch, mas será que isso não é efeito para parecerem demônios possuidores?

Não deu para printar, mas vejam a cena do pré-refrão delas, é maravilhosa! Apenas pelo deslumbre, pois história não há aqui. E assim como na letra de Let Me Know, aqui elas retratam um relacionamento, em que uma das partes é abusiva, tóxica, porém viciante, e a outra tenta escapar desse vício.

É uma metáfora que também conversa com a ideia de liberdade e a representação da borboleta mostra para a gente no permear da história do PIXY. Aqui elas conseguiram trazer uma relação que pudesse ser vista como a história entre a bruxa que retirou as asas das fadas e como uma história adolescente, só que mais pesada.

Ainda no refrão, sem história aparente no visual, mas foquemos na coreografia. Não só por ser elaborada, mas como elas “se jogam” no chão e fazem a famosa cena de um corpo possuído, com os espasmos na coluna vertebral.

Voltamos para a cena da DIA, que tenta escapar. Aliás, se repararmos na primeira cena, aqui há muitos mais correntes, o que significa que ela tentou, e conseguiu, escapar algumas vezes antes, o que mostra a força de vontade em querer escapar. No final, corta para uma cena do rosto dela, em que ela está com outro semblante, mais maléfico e livre, revelando não ser ela, mas sim a sua outra persona, a sua doppelgänger, que está se divertindo com as inúmeras tentativas frustradas de escapar.

No final, cortamos para uma cena de uma borboleta tentando escapar de uma armadilha de sangue. Aos que não sabem, e devem deduzir, borboletas não podem molhar as asas, elas ficam fracas e delicadas, podendo rasgar e, se rasgar, não tem como remendar com as mãos humanas em si, somente com alguns tratamentos. Mas poucos fazem, já que borboletas já tem uma vida curta. Agora, juntem isso ao fato do sangue ser mais denso que a água, imagina a dor e o sofrimento da borboleta.

E isso é mais uma alegoria ao fato da DIA não ter a sua liberdade e que ela está sendo usurpada, portanto, ela vem sofrendo com isso.

A próxima cena é interessante, há duas cenas meio que unidas, uma mais leve e pueril, em que há uma mesa para um banquete com 6 lugares; entretanto há um lugar amais, que já está ocupado pela LOLA. E a moça, ao furar o dedo em uma rosa, tem uma hemorragia e faz tudo ficar sanguinolento.

Mas pensemos aqui, por que um lugar amais? Elas já desconfiam que não são somente em seis, e sim há uma sétima pessoa?

A cena de uma gota de sangue caindo no olho da DIA e a explosão no final, que cena, que tudo!

Agora voltamos para a história, aqui foi o momento em que ela foi possuída, certo? Uma vez que o sangue, de mesma origem que o sangue que sufocava a borboleta, foi usado para entrar pelos olhos, em que anatomicamente dizendo, apresenta uma elevada vascularização e uma mucosa bem delicada.

Eu tentaria fazer isso na mucosa sublingual, uma vez que por ali ocorre maior distribuição do que a queria possuir. MAS entendo que ela de boca aberta para cair uma gota de sangue embaixo da língua dela não seria uma cena nada fotogênica.

A cena delas com a coreografia formando um pentagrama, isso é saber fazer arte.

Próximos recortes de cenas são as integrantes perecendo diante do poder da bruxa, a Ella servindo como adubo para um belíssimo jardim e a DIA sendo possuída até as principais veias, a cena dela indo de não para possuída, focando no olhar, foi tudo!

E na hora do high note que temos um raio cortando a DIA bem no coração, achei conceitual a forma de assassinar a mulher. Disso, temos duas cenas: a integrante que eu acho a cara da DIA no corredor, o que a faz aparecer do nada, e em seguida tocando em uma espécie de mancha de sangue pelas paredes, o que a faz levar, no caso não ela, mas sim a DIA para a mesa do banquete de sangue.

E nessa parte da letra, ela reforça o quão prejudicial é esse relacionamento para a parte vítima do relacionamento, mas também foca muito que é esse amor que a segura, e isso vai a afogando ainda mais na toxicidade do relacionamento.

Nisso, já vamos para algumas cenas finais, como as 6 cenas a seguir:

O sangue que saiu do dedo da PIXY caiu em cima desses pequenos cristais, e corta para cenas seguintes do sangue mais escuro, ou seja, um sangue velho e coagulado, criando vida, como se quisesse realmente matar toda e qualquer forma de vida no lugar, e assim ele pressiona a borboleta ainda mais. E o mais curioso que eu só reparei quando fazia a pauta era da cena desse mesmo sangue engolindo uma lagarta. O que isso significa? que o sangue vivo tentou e conseguiu matar até as formas da borboleta, como se quisesse já aniquilar qualquer forma de vida que fosse ser livre no futuro.

E em seguida, temos as cenas das integrantes sendo aniquiladas, ou seja, elas sendo mortas pelos encantamentos da bruxa e por toda a aura de destruição que o ser místico carrega. No final, corta para novamente a cena do começo, no túmulo, mostrando que o MV atua em dois momentos, antes de Let Me Know e, provavelmente, durante e depois de Let Me Know.

No final, depois da música, tem aquele canto profético “A lua vermelha ela se abre acima. Agora, você está viciado; a partir de agora, você está comigo, e você será meu”. Interpretando, mostra como houve uma possessão, mas também indica que ainda não foi concluída, já que “você ainda será meu”.

É curioso pensar que a história pode ter se encerrado por aqui mesmo, já que 3 das seis se desfizeram no ar, e curioso que uma delas foi a Ella que saiu do grupo em 2022.

Relação com Bewitched:

Eu ainda penso em fazer um “entendendo a história” com Bewitched, apesar de não ter muita relação, ser quase um performance vídeo. MAS, tem algumas partes da letra e do MV que podem fazer uma ligação, mesmo que tênue e brusca entre Addicted e Villain. Ainda acho que será mais forçado do que os demais querer uma ligação.

Relação com Villain:

Como vimos no MV de Villain, não se trata somente de um MV que quebra o ritmo da história, mas muda totalmente, indo de um terror paranormal para um realismo criminal. Lembra que eu citei sobre o doppelgänger? Então, cientificamente, a ideia e a visualização de um doppelgänger está relacionado a casos de esquizofrenia.

Além disso, na criminologia, há estudos que apontam essa semelhança entre seres humanos como forma de criminalização errônea, principalmente quando falamos em caso de pessoas que são procuradas por meio de “fotografias pintadas” por desenhistas criminais.

Contudo, vendo tanto Bewitched como Villain, percebi que ainda pode ter uma relação entre os MVs, mas que na verdade tem um salto temporal entre os MVs e o que seria a linha cronológica entre eles. Interessante, peguei nos detalhes, ou será que sou eu criando uma linha cronológica?

Addicted é um dos MVs mais lindos de 2021, se não o mais bonito, tanto pela fotografia, quanto pelo visual e efeitos práticos, que não deixaram a desejar em momento algum. Sei que o estilo da música não é agradável para alguns, tanto que metade dos fãs de Kpop, principalmente de GirlGroups, deve achar esse estilo abominável, mas que conversa com o grupo intensamente, e isso que eu espero mais do Pixy como um grupo. Assim como temos o DreamCatcher como as roqueiras, espero elas mirando nesse estilo mais dark, e espero que a fama persista e venha em maior quantidade.

Não temos ainda o que seria a próxima parte dessa história, deve vir somente em 2023 mesmo. Entretanto, melhor que nada. Espero que tenham gostado, creio que ainda perdi algumas trechos e partes de Addicted que possam encaixar na história, mas talvez mais para frente eu perceba isso, e faça alguns adendos. Fora isso, por hoje é isso.

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