E aí, meu povo, como estão? E esses solos do Shinee que vão sair enquanto o Taemin está no exército?
Onew é um dos main vocal do Shinee atualmente, então era esperado a SM socar alguma demo de balad vocal nele, né? Felizmente, o Shinee consegue escapar dessa sina, tanto que todos os main vocal do grupo lançaram faixas perfeitas em seus solos, sendo elas voltando ao vocal ou não, e como spoiler, já sabem o que achei do solo do Onew.
Onew pegou um retrô mais voltado para o disco house mesclando com o R&B e o Soul. Dice é uma faixa muito bobo alegre, é aquela faixa que seria broxante se fosse feito de maneira errada, mas ele consegue usar seu vocal menos agudo para dar um ar maduro na faixa, ainda mais falando que vai rolar o dado a toto o instante, e tenho certeza que não é o dado de RPG que o homi tá falando.
A melodia da faixa toda é good vibes, é uma melodia graciosa e que poderia ser de vários do Kpop, mas o Onew consegue entregar uma atuação vocal tão intensa e deliciosa de ouvir que é muito impactante de ouvir. E isso ele transmite para o MV, em que ele arranha também uma coreografia digna do Shinee e figurinos bem digno de Shinee, algo bem viado, bem brega e gritantemente zero masculinidade frágil.
E é bem legal a maneira como a SM conseguiu colocar um lado cômico que eu não veria o Onew fazendo. Okay, ele é Shinee, mas o homem canta ópera e é visto como o cantor de ópera por muitos, quem diria ver o homem encarnando um romântico apaixonado que suja a porra do nariz com merengue no começo de um MV em que ele só faz o bobão?
E tudo isso combinou com tudo, ele fazendo cara de trouxa apaixonado pela mulher empoderada (Que luta usando o salto como arma), em meio a um monte de robôs perdidos e possuídos. Se fosse uma faixa de terror, o MV poderia servir muito bem também, é a dualidade que Peek-A-Bo trouxe, espero que ele faça um retorno de Halloween, esse mesmo estilo seria tudo nele.
E ele trouxe o seu segundo mini álbum com esse retorno. Abrindo com Sunshine, ele permanece no ritmo mais retrô, trabalhando o instrumental bem funky, costurando um ritmo oitentista, é uma faixa fresh e alegre, combina com a title e o pós-refrão, que tudo, é uma delícia de ouvir.
Com On The Way, ela diminui a velocidade e coloca um jazz mais lento, uma pegada de soul, o vocal mais contido, com melismas mais sensuais de uma bela faixa de cafeteria enquanto toma aquela macchiato todo cheio de nove horas. Com Love Phobia, ele poderia ter feito algo não tão parecido com baladinha romântica, ter socado um rock pesado, e não uma midtempo em cima de banda em jazz, a faixa não é monótona pelo refrão mais animado, mas perde muita força que as duas primeiras faixas do álbum deram força. O pós-refrão dá um ar melhor, uns Hummmm sensuais, mas nada que seja “Uau!”.
Com Yeowoobi, ele desacelera de vez, colocando um rock emo bem melancólico, é uma faixa que já imagino ele na chuva enquanto canta muito. O refrão fica muito mais eletrônico, com o vocal disfuncional, é uma faixa que eu veria sendo trilha sonora de 13 Reasons Why, por exemplo. E o EP se encerra com In The Whale, que veio direto de Blinding Lights do The Weeknd, mas daquela vibe mais indie e melódica, um ritmo mais lento e sem forçar muito do vocal do idol, é um synthpop ritmo de bad do final de domingo mesmo.
O álbum do Onew acaba sendo um pouco do que eu esperava e um pouco do que eu não esperava, e ainda para melhor. Felizmente, a title foi a segunda opção, Dice é perfeita, entrega nada de inédito, mas trabalha o lado idol dele de querer dar presente aos fãs e com muito louvor, Onew não precisa viralizar para mostrar que veio de um grupo foda e que é um solista foda, um desses por ano é tudo o que a fanbase precisa.