Time Machine: CLC manda os machos se aquietarem em No Oh Oh

E aí, meu povo, como estão? Já precisaram gritar um não para o povo entender?

Continuando a carreira de querer sair do flop, CLC ainda mirava no aegyo como sua principal sonoridade, mas eu facilmente já teria começado a mirar numa evolução aqui, ao poucos, bem gradual, mas sabemos que a CUBE não soube fazer direito. Então vamos ao quarto mini álbum coreano das meninas.

No Oh Oh é uma faixa totalmente colorfull; mesmo assim, a faixa não permeia pelo synthpop ou pelo bubblegum. O instrumental caminha entre o hip-hop e o jazz, sendo costurado de forma que vai subindo e descendo conforme a faixa vai propondo vocais mais graves ou agudos. Essa deve ser uma música com maior dualidade das meninas, pois enquanto tudo grita garota apaixonada de forma boba, a letra fala sobre impor limites e que não é não.

E isso também não dialoga com o MV, que entrega tudo muito bem produzido, mas elas fazem caras e bocas de aegyo, com um visual colorido, que chama atenção por causa disso, e nem se imagina, no caso de quem não entende coreano, do que elas realmente estão falando.

Esse mini álbum delas apresenta mais 5 tracks. Começando com What planet are you from?, é uma faixa bem hip-hop, que permeia para os lados do bubblegum que a title não foi. É uma melodia com um tom festivo muito intenso, chega a ser divertida de ouvir e tem cara de música de fase de video game daqueles início para não assustar (Estilo Mario World).

One, Two, Three segue essa linha aegyo do grupo, e tem uma imagem bem pueril, tanto que dá para imaginar o GFriend ou o Apink em início de carreira lançando essa faixa. Com Day By Day, as meninas seguem com essa pegada inocente angelical, algo bem synthpop, bem mágico, mas com uma desaceleração razoável, dando aquele ar de música para se ouvir enquanto está chovendo do lado de fora.

Dear My Friend é praticamente uma continuação da faixa anterior, apenas é um pouco mais animada, um estilo bem primavera. E encerramos com It’s too late, aquela balad vocal de término de relacionamento que todo mundo coloca nas alturas para chorar e está mentindo quem nunca fez isso.

A partir desse álbum, minha relação com o CLC foi de amor e ódio, pois eu sei que elas sabem muito bem como ser totalmente ecléticas, mas eu realmente preferi as meninas no conceito girl crush do que nesses aegyos, ainda mais no quesito de b-side. Esses álbuns são ótimos, até mesmo a Coreia do Sul tinha tudo para comprar, ainda mais que estavam rejeitando as line-up enormes, o que são 7 integrantes comparado a uns grupos com 11 ou 9 integrantes?

OBS: POST elaborado no dia 27 de Janeiro de 2021

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