OneWe não quis esperar muito e já entregou um dos melhores álbuns com Voyager e o single Universe

E aí, meu povo, como estão? Ainda fissurados pelo hino pandemônico Wa Da Da?

Quem acompanhou meus melhores do ano de 2021, viu que o OneWe cresceu comigo como foguete, entregando faixas incríveis e marcantes, morando no meu coração até o dia em que bati o martelo e coloquei Aurora em primeiro lugar das minhas preferidas. Disso, como vimos que eles preparavam terreno para um retorno com Star, um ícone de faixa, eu até tinha expectativas altas para o retorno, mas será que foi tudo isso..?

Universe foi a escolhida da vez. Diferente de Rain To Be, que carregava um aspecto romântico, mas em um instrumental que puxava ao rock mais pomposo, bem festivo em certos pontos, em que a guitarra teve uma presença mais intensa, com essa foi bem diferente. O ritmo romântico permanece, em meio ao teclado e à bateria, a melodia fica linear em certos pontos, mas não daquela forma cansativa.

É uma música que te carrega até atingir o ápice que é o acorde de guitarra com o high note por cima. A música ela te abraça em uma sofrência insuperável que atingiu a mesma sensação que Aurora, o single é triste, mas ele é lindo de se ouvir também. Amo muito esse mix de sentimento que o OneWe tem trazido.

A letra não é muito criativa se pensarmos pelo lado “UAU, eles reinventaram a roda”, mas puta merda, é uma lírica que mostra o quão o eu lírico gostaria de ser o universo, ser o guia, o tudo para a pessoa a quem ele canta, e do nada tem um cachorrinho, tem a mulher que seria a mãe, tem uma possível amada, misericórdia, nem é meio dia e eu já tô chorando vendo esse MV. Perfeito, sem defeitos!

E começamos com a preciosidade que é o Planet Nine: Voyager, abrindo com Envision. Você escuta a faixa e acha somente um rock melódico, mas ao atingir o ápice do refrão em que ele encarna um vocal quase acústico, e a melodia foge para aquele sentimento etérico de floresta, sabe quando você encara aquele por do sol? Então, eu tô me sentindo num arvoredo vendo o sol se pondo enquanto relaxo; Essa faixa conseguiu ser mágica, e não preciso citar o high note.

E agora seguimos com Montage, que destoa um pouco da melodicidade, caindo mais em um rock animado, tem um quê festivo nele, ainda mais no rock inicial, aquele quase solo de guitarra no meio que grita hino de guerra, mas o refrão ainda tem sentimento, é aquela música bem dualística.

Trigger tem um sentimento diferente, é uma faixa misteriosa, uma faixa intensa, o refrão carrega uma tensão enquanto o vocal dos vocalistas vai caminhando, ela te prende com forma magnífica. Tem aquele trap perdido no meio, mas combinou, auxiliou no crescimento, e linka com a ponte, que dá também esse ar místico e misterioso na melodia.

Orbit parece que desacelera o álbum, mas não é bem assim que acontece. Segue uma linha catártica, sabe aquele conceito medieval melódico que eu amo? Lembra muito Karma da Marina Ex-The Diamonds, e essa faixa tem partículas desse ritmo, e ela te abraça de uma forma linda, apenas.

E o mini álbum encerra com From. É a track mais fraca, é uma música balad vocal, em que o violão prevalece, e mesmo assim, pelo conjunto da obra, a faixa não parece filler, ela agrega um final simpático e maravilhoso depois de tantos sentimentos que o álbum entregou.

Eu estou chocado como a banda entregou um segundo mini álbum consecutivo igualmente maravilhoso, e talvez até melhor que o anterior. Sério, eu nunca achei que fosse gostar tanto do OneWe desse jeito, mas Voyager veio para mostrar que eles sabem como agraciar os fãs da melhor maneira possível. Apenas é aproveitar as obras de arte que entregam.

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