E aí, meu povo, como estão? E esse sábado preguiço?
Ailee bateu as pernas da YMC há uns anos, entregando um álbum super gostoso, você gostando de tryhard poderosos como Room Shaker, midtempos poderosas como Moonlight, ou farofas retrôs como Headlock. E depois da particpação dela no Good Girl (E a MNet esqueceu mesmo dessa franquia?) em que ela entregou hinos atrás de hino, ela caiu num marasmo de baladas vocais aguadas que fez as yags novinhas deletarem a mulher da cabeça, mas aí ela entregou muitos teasers com grande luxo e vejamos o que ela tem para a gente?
Don’t Teach Me veio direto de A Princesa e o Sapo, eu vejo a Tiana cantando essa aqui enquanto serve luxo e comida boa no Tiana’s Palace. A faixa grita retrô indo ao jazz, desde o vocal da Ailee agudíssimo e gritado a todo instante, e essa persona combina muito com a mulher, não é a toa que ela é chamada de Rainha do Soul coreano.
E essa magia da música passa para a música e a coreografia. Ailee é cantoura, então uma coreô mais preguiçosa é aceita, ainda mais que jazz não costuma inovar demais nas danças, e não precisa, pois a música se carrega. Então também ela não precisaria de muito no clipe, a não ser luxo, glamour e poder, muito carão e ela se apresentando em um salão mais caro que tudo o que ganharei na vida.
Eu não entendi o quesito desse álbum, tem gente que disse que era a união de dois EPs dela, ou seja, esse aqui era um repacked com mais faixas até dar um full. Mas como eu não ouvi o mini anterior dela, vamos tratar como tudo inédito.
Abrindo com New Ego, Ailee nos entrega um retrô mais house com jazz, mostrando que ela veio agradar gays. E essa faixa aqui me lembra o que a Ariana fez em Focus, e como sou um fã número 1 dessa faixa, eu amei demais e já queria um clipe com a Ailee com uma peruca platinada e lilas (até porque a mulher não machucaria o cabelo sedoso dela).
Com Bling, ela continuou na pegada pop pra gays, mas indo para um EDM de Boate, abraçando muito todas as camadas, pois essa aqui poderia estar na finada The Week, numa balada cheia de drags e afeminadas, como em algum canto baladesco que nunca pisei (Tô indo em festa “decente” hoje, gente, não sei desses cantos hahahah). E gente, e o high note que a mulher encarou no final? Que saudades de me arrepiar ouvindo um desses!
Com My Lips, ela voltou ao jazz, com algo bem mais Soul na raiz Ailee início de carreira. #MCM ela encarnou o disco house, para não dizer que segue as modas, e como eu já ditei, esse estilo combina muito com b-sides, pois preenche bem o espaço do álbum sem precisar reinventar a roda, ainda mais em um projeto que tende a agradar as massas.
Ailee decidiu desacelerar em Tattoo, colocando uma pegada mais melódica em violão, bem filme teen da Disney. 525 é um track que ela volta ao EDM, mas de uma forma sensual superficialmente, a melodia cresce com ela sussurrando, até estourar no refrão com high notes e um refrão mais eletrônico.
Beautiful Disaster é a balad vocal em piano e vocal, com alguns instrumentos de ópera ao fundo. What If I é a midtempo em banda para barzinhos de R&B enquanto povo toma vinhos, a música tem ainda um quê sensual bem forte. Make up your mind é a midtempo vocal com refrão em EDM, realmente funciona como b-side, até mesmo por ter esse MV romântico aguado.
Lose myself to you rasga sentimentos em um instrumental lento, mas emotivo. Ain’t talkin’ about me fecha o álbum de uma forma não esperada, que é uma faixa mais eletrônica, fim de tarde, com aquele quê de disco.
Dona Ailee entregou um dos álbuns mais povão e bem feitos desse ano, independente da montagem dele. Amy é uma preciosidade do começo ao fim, ela entrega fortes faixas, aquelas que gritam de emoção na alma, colocando faixas melódicas e fortes que realmente seria maravilhoso vê-la cantando em shows.