Para manter a linha de duas pautas diárias, mas sem comebacks hoje para nutrir o espaço, além de um título super clickbait, vamos aproveitar que BlackPink fará comeback com o primeiro single do seu futuro full álbum que, se a YG não der uma de doida, saíra no início de setembro.
Com isso, vamos a uma review do segundo mini álbum da carreira delas, o Kill This Love.
A title da vez foi Kill This Love, a faixa que dá título ao mini álbum. A faixa mescla trap e hip hop, além de mesclar muito banda de fanfarra com ritmos de trompetes, dando um ar magistral à música. Os timbres das 4 são bem diferentes e a construção do instrumental funciona muito bem para cada vocal. Rosé e Jisso dividem o pré-refrão, pois caracteríza vocais mais agudos e estáveis. Jennie e Lisa são as rappers, então o momento em que elas cantam contam com pequenos drops do instrumental a fim de não ofuscar e dar ênfase. O refrão é instrumental, com a repeticção dos “Rampampam” e os “Let’s kill this love”, e sempre focando nos trompetes. O que estranha muito é a música terminar no que seria um refrão final, só que eu vejo mais aquele final como uma continuação da ponte do que um refrão final, fica um sentimento de que falta alguma coisa.
A MV é um dos mais bonitos delas, por hora, sendo que dialoga muito com o conceito de matar o amor abusivo, elas não se abaixarem para esse abuso e se virem firmes.
Para quem quiser, o Felipe Caíres fez uma análise de cada detalhe do clipe, a fim de facilitar cada teoria por trás.
O EP possui 3 inéditas e um remix de Ddu-Du Ddu-Du. Don’t Know What To Do é a primeira b-side. Ela é um synthpop que se mescla com ritmos de guitarra, dando um ar mais jovial e calmo se comprarmos com a title. Eu não curto muito essa faixa, para mim os vocais são agudos demais, assim como o instrumental, o que chega a ser irritante quando se escuta por muito tempo. Para mim, isso seria facilmente o solo da Rosé.
A próxima track é Kick It, entrega um hiphop, com violão com um drop “eletrônico” no refrão, uma faixa bem gostosa, pois os vocais estão no ponto. A parte final em que elas entoam um coro pega muitas referências de singles antigos, como Boombayah ou As If It’s Your Last. Por fim, as originais se encerram como Hope Not. Eu não sou muito chegado nas baladas vocais no grupo, tanto que elas apresentam mesmo 2, essa e Stay, ambas que acham fracas e sem muita emoção vindo delas comparadas com baladas fortes vindas da própria YG e de outros grupos ou solistas.
O mini álbum se encerra com uma reciclagem de um remix bem meia boca de 4D. Ele até anima em certos pontos, mas fica bem perdido, serve mesmo para intro nos shows delas (Deem uma olhadinha em 1min30 para frente e notem que temos ali ME do CLC).
Conclusão:
Title Kill This Love: 8/10;
MV Kill This Love: 10/10;
Álbum Tracks: 20/30;
Nota final: 38/50.
Charts e Vendas:
O álbum bateu 8º lugar o ARIA, chart australiano, 8º na Billboard canadense, 17º na Oricon e 9º na Billboard japonesa, além d 3º na GAOn e 10º na Billboard estadunidense de vendas de álbuns, além de 1º nos álbuns mundiais. Por vendas reveladas, o EP conseguiu certificado de platina da Coreia do Sul, com mais de 351 mi cópias e certificado de Diamante na China, com mais de 770 mil cópias vendidas.
O álbum encerrou o ano em 17º na Gaon e 14º na Billboard. Além do mais, foi nomeado como melhor álbum do 2º trimestre de 2019 no 9º Gaon Chart Music Awards. A MTV elegeu Kick It como 20ª melhor b-side de kpop de 2019 e a revista Paper elegou o EP como o 9º melhor do ano.

Considerações finais:
BlackPink é um grupo que eu acompanho pelo teor fama delas, porque eu me vejo mais engolindo e sentindo interesse em grupos como Everglow, CLC e (G)I-dle, os quais também trazem o mesmo estilo girlcrush/girlpower. Além do mais, o fator falta de comebacks e algo que me desmotiva, não sou blink assíduo para ficar esperando mais de ano para eu sobreviver com um comeback. Aproveitarei como qualquer kpoper, mas ainda fico meio em dúvida se eu aproveito mesmo os single delas por serem delas ou pelo hype.
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Sairei do tema principal, mas isso é mais importante.
Pessoal, para quem me acompanha nas redes sociais, sabem que eu me posiciono em muitos casos, eu não poderia deixar de relembrá-los da situação em que estamos passando, com os protestos nos EUA, no Brasil e em demais lugares do mundo. Estou fora do meu local de fala e posso fazer pouco perante isso. Contudo, não podemos esquecer que o pouco que façamos já é uma ajuda, mesmo que dentro da nossa limitação.