Mamamoo é um dos girl groups mais consolidados da terceira geração e, após uma passagem extremamente sucedida no reality show Queendom, elas realizaram um comeback com o seu 2º full ábum, o reality in BLACK. Aproveitando o comeback da Solar na próxima semana e que eu não fiz a análise ano passado, vamos para mais um álbum review do Palpites Alheios.
Title e MV:
Recebemos como title a canção HIP (E para quem acompanhou o Queendom, sabemos que na 3ª fase a Moonbyul foi bem clara no “Nunca lançaria uma música com o conceito Hip”, ou seja, rebolar a raba… A zoeira na cara da rapper do grupo! Mas o que esperar de um grupo que lançou uma música caçoando da altura das integrantes?). Quando saiu, eu estranhei muito a música, pois saía da linha que tomamos nos comebacks anteriores, até Yes I Am seguia uma linha mais retrô do que essa. A mescla de hip, com retrô, mais bubblegum, além de trap e hip hop conversou muito na faixa, sem deixá-la desconexa (Tipo um tal cover de Good Luck, do AOA).
Sobre o MV, ele trabalha bem o conceito de vários universos das meninas.
Track by track:
O LP contém 10 b-sides, variando em todos os estilos. A primeira é Destiny, o single apresentado para a final do Queendom. Apesar de não ser a cara delas como single oficial, a música é muito boa. A faixa mistura eletrônico com pegada country. O único problema da faixa é que ela demora para estourar, apenas quase depois de dois minutos, o que pode diminuir a vontade de ouvir, e o estouro não é contínuo, vai nivelando. Além disso, é uma das faixas mais mornas apresentados no Queendom, e acaba sendo ofuscada por algumas mais fortes, como Guerilla do Oh My Girl ou Lion do (G)I-dle.
A próxima é Universe, uma midtempo vocal, que mescla retrô em uns sintetizadores, dando um ar leve, sendo uma verdadeira música de estalinhos. (Imagino um clipe sem gravado numa piscina com aquele efeito marrom por cima e com muitos tons pastéis bem leves para dar um ar agradável). Em seguida, venho a primeira balada vocal Ten Nights, com instrumental levemente operesco, com banda ao fundo, violino e tudo. Sobre os vocais, nem precisamos comentar, porque é Mamamoo, né meu povo.
4x4ever, ao meu ver, é a melhor do álbum. Ela parece ser a follow-up bem construída de Destiny, mas com um apelo chiclete bem maior, toda a estrutura em trap nas entrelinhas, mas deixando o eletrônico em evidencia, o que atrai muito melhor a atenção. Better é outra midtempo, o refrão é bem gostoso de ouvir, toda a construção em cima de sintetizadores bem suaves, dando um toque retrô, bem estilo músicas de barzinho de jazz (O high note da Solar é de matar!).
Hello Mama é uma balada vocal com o piano mais em evidencia no instrumental, o que não esconde os vocais das meninas. Não é a melhor balada delas, porém é muito boa de escutar. ZzZz é mais uma midtempo de estalinho de dedos do álbum, ou seja, mais uma em que você pode deitar no chão, olhar o céu e simplesmente brisar com a vibe que a música passa, principalmente o toque no fundo ritmado.
rEALITY está entre uma balada e uma midtempo, mas segue a linha barzinho de jazz que muitas b-sides estão seguindo para essa linha. A punúltima faixa é High Tension, e segue a mesma descrição da faixa anterior. I’m Your Fan muda de ar e entrega uma uptempo, uma das poucas do álbum. Ela mistura bubblegum com eletrônico, o refrão parece música infantil que o Momoland entregaria. Fica estranho? Muito, ainda mais com a sequência de faixas maduras, mas Mamamoo é assim, entrega faixas muito maduras e umas divertidas para quebrar o clima.
Conclusão:
Title HIP: 7/10;
MV HIP: 10/10;
Album tracks: 68/80;
Nota final: 85/100.
Desempenho nos Charts:
O segundo LP das meninas foi um grande sucesso, principalmente depois do Projeto 4 colors 4 seasons e da passagem no Queendom. reality in BLACK atingiu 27º na Oricon, a parada musical japonesa, atingiu o 1º lugar na GAON e 11º na Billboard, encerrando o mês de novembro, mês do lançamento, em 4º na GAON e fechando 2019 em 53º dos álbuns anuais.
O single Destiny pegou picos de 68º na GAON e 36º no Kpop Hot 100, além de 7º na Billboard. A title HIP atingiu nas posições digitais 48º na Billboard japonesa, 35º na Record Music NZ (Nova Zelândia), 4º na GAON, 2º na Kpop Hot 100 da Coreia do Sul e em 1º na Billboard estadunidense, encerrando 2019 em 142º dos singles anuais.
A única faixa que se destacou além dos singles foi Ten Nights, que pegou pico de 193º na GAON. Além das vendas, as meninas conseguiram alguns prêmios nos Music Shows coreanos, totalizando 7 prêmios: 1 no Show Champion, 2 no M Countdown, 1 no Music Bank e 3 no Inkigayo.
Infelizmente, não consegui achar em nenhum lugar as vendas na primeira semana, ou o aproximado até o momento de quantos álbuns foram vendidos.

Considerações finais:
O álbum das Mamamoo envelheceu (Faz nem 6 meses, só relevem) muito bem comigo. Não sei se é porque estou muito bem ultimamente, ou se na época do lançamento eu esperava apenas farofas, e tomei muitas tracks a cara delas, mas sem aquele apelo chiclete que eu esperava. Se eu tivesse lançado essa review ano passado, a nota tinha passado longe.
Contudo, aqui estamos comigo amando e elogiando esse álbum de cima a baixo, com algumas mais e outras menos, principalmente que não tem tanta coisa inédita nem da discografia delas e tem muita follow-up de tracks do próprio LP aqui.
Para um segundo full álbum, elas foram extremamente bem, tanto em coesão de sonoridade quanto no timing de lançamento (Lovelyz ainda nem sabe o que é comeback para aproveitar o pouco hype que tiveram no reality show e a Woollim nem está a fim de fazer isso acontecer também).
Por hoje é isso, quem sabe amanhã não sai outro álbum review (Pois vai saber quem faz comeback amanhã), ou até uma Polêmica, que é quase certeza que vai ter um fandom querendo a minha cabeça nos comentários, mas vou pensar se quero tanto veneno assim para mim. Então, cuidem-se, bebam água, cuidado com o corona e até amanhã.