Uma das maiores promessas do pop britânico, Dua Lipa chegou em 2020 com seu mais novo álbum de estúdio. Apesar de ser bem curto, não passa de 11 músicas, vamos ver como esse álbum está.
Singles e Clipes:
O carro-chefe, o famoso lead single, do álbum foi Don’t Start Now. Pelas prévias que ela lançou, eu jurei que seria um porre ouvir essa música. Porém, eu me enganei muito porque é uma delicia de ouvir, a mistura que ela fez com Dance e Disco, com bubblegum, além de eletrônico nas entrelinhas fez uma construção coesa e que anima. Um bom início para uma era. Tivemos o clipe também, todo ambientado em uma balada, com cores e marcas que remetem a década de 1970.
Também tivemos Physical como segundo single oficial. Em relação a Don’t Start Now, a divulgação foi menos intensa (O que não significa que foi pouca, porque DSN foi divulgado até cansar). Ainda segue a linha disco house, os acordes seguem mais baixos, com timbres num estilo mais dark, dando um efeito de música de acadamia (Ela até lançou um clipe extra fazendo exercícios bem estilo anos 1970, então quem sou eu para não afirmar isso).
Break My Heart eu comentei ontem, mas vale ressaltar que foi o melhor clipe dessa era, por enquanto. Amei toda a vibe que entregou a música, animada, agitada, mas com aquela letra (ainda não prestei atenção, mas uma canção que tem o nome de Quebre meu coração não aparenta ser muito alto astral). Detalhes a parte, todo o clipe com trocas de cenário, efeitos práticos e aquele fundo verde que vocÊ sabe que está lá, mas não atrapalha o andamento. A música segue uma perfeição.
Track by track:
Como falei antes, o álbum é bem curto, então vamos aproveitar. Future Nostalgia foi divulgada anteriormente como uma track promocional. Como todo o álbum, a construção segue com referências do Disco. Porém, essa tem uma construção que remete a banda, bem como algumas que fizeram sucesso na época, que seguiriam essa linha. A próxima track é Cool, bem mais calma que as demais já vistas, mas sem chegar ao ponto de balada ou mudtempo. Eu vejo como uma uptempo, com uma forte referência de pista, bem animada.
Levitating tem cara mesmo de b-side, o que não ocorre muito no pop ocidental, uma vez que temos um álbum sendo lançado a cada dois anos, ao menos. A construção segue aquele limiar entre uptempo e pista, mas sempre dando uma possibilidade de fazer uma coreografia ótima. Na verdade, eu vejo um clipe dessa com uma festa mais teen, bem aquelas feitas em casa com bebidas e comidas. Pretty Please também grita b-side, mas não significa que seja ruim, assim como a anterior. O instrumental começa bem sensual, bem retrô, algo que o próprio Michael Jackson lançaria, ao meu ver.
Hallucinate segue a mesma estrutura de Break My Heart, tanto que ambas poderiam ser uma follow up da outra. O refrão segura bastante a música, com certeza mantém o lado mais farofa de que a música, inicialmente, não tem. Love Again é uma uptempo, mas ainda com timbres que crescem para animar muito (Sei lá, mas vejo o ABBA lançando isso aqui). Good In Bed tem cara de ser a mais sensual do álbum sem cair no sensual explicito (apesar de no spotify estar escrito EXPLICITO na música). Contudo, não vejo essa aqui uma música de cexo como poderíamos esperar pelo nome. Aliás, é a que mais se distancia do que o álbum traz.
Por fim, temos a última faixa. Boys Will Be Boys, até onde eu vi, é uma das mais aclamadas pelo pessoal, que também amou o álbum inteiro. A melodia entrega um instrumental mais orquestral, além de vocais em forma de coro.
Conclusão:
Singles: 24/25;
Music Videos: 25/25;
Álbum tracks: 40/50;
Nota final: 89/100.
Considerações finais:
O melhor da Dua Lipa é a forma como ela se entrega em cada Era, mesmo que seja essa a segunda dela de carreira após o lançamento de álbuns completos. A forma como ela carregou o estilo visual para dialogar com todo o Future Nostalgia é impressionante. Agora, explicando as notas: MVs perfeitos, não tem o que falar; os singles escolhidos são ótimas, mas a minhas distância com o DSN fez perder um pouco do apelo comigo no início, apesar de amar muito a música.
Sobre as álbuns tracks, todas são excelentes, escutarei todas sem pensar, mas não poucas que eu penso em colocar nas minhas playlists principais, como Good In Bed ou Pretty Please. Pelo todo conceito, achei que faltou real uma faixa mais sensual ou uma balada vocal, uma vez que pela referência que ela buscou, havia muitos exemplos que entregavam isso, como One Last Time, das Girls’Generation, ou Young And Beautiful, da Lana Del Rey.
Ainda descobri um álbum B-Side do Future Nostalgia, que provavelmente foram descartes. Não ouvi, mas quem sabe um dia eu faça um review desses descartes também, ou escolha os melhores para ir ao resumão de álbuns.