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Álbum Review: Taeyeon – Purpose

Praticamente um ano de espera desde o anúncio não oficial do comeback da Taeyeon e quase um ano e meio depois de seu comeback com um mini álbum, o 2º full álbum da Taeyeon era esperado por muitos, principalmente os Sones. Com algumas músicas já reveladas na turnê dela em novembro de 2018, eu esperava que muitas delas fossem para a gaveta, ou até mesmo esquecidas. Contudo, a SM deveria estar com preguiça de fazer novas músicas, então fizeram uma title comerciável para a Tae lançar um full álbum pessoal e reusar as tracks já vistas. Isso sem passar por Four Seasons, uma das músicas mais vendidas na Coreia do Sul do ano passado. Aproveitando o comeback do repacked da cantora, vamos analisar cada detalhe de seu LP.

Title e MV:

Spark não é inédita na discografia da Tae, ela já usou bastante de referências do início do ano 2000 para fazer algumas b-sides, mas nenhuma a ponto de chegar ao lugar de single promocional. Então, para todos, foi uma boa escolha. Além disso, a opção de não usar tanto os vocais com high notes foi uma boa escolha, pois sobrou fôlego para ela dançar, não visto desde I Got Love, lá no início de 2017, além de permitir uma melodia mais calma. Lógico que ela abusou da voz em algumas tracks futuras, mas isso não vem ao caso.

Depois que a SM jogou dinheiro a rodo no clipe do SuperM, qualquer clipe que ela decida trazer aos SM stans vai ser muito fraco se compararmos. Tem o fator de que a Taeyeon não faz promoções, então eles precisam apelar pelo visual do clipe e para divulgação dos fãs. Então, nos padrões do que já vimos da videografia dela, o MV é bonito, não é tão gritante o fundo verde na hora das dançarinhas e do andaime, tem uns efeitos legais de luz e sombra, o uso de chamas e faíscas. Não é nada inovador, ainda mais se virmos Something New, porque foi totalmente despirocado aquele MV e perfeito demais.

Track by Track:

O álbum começa com Here I Am, uma das baladinhas vocais que batem a ficha nos álbuns dela. O ar mais melancólico, final de série dramática que encerra naquele fundo preto e branco vem junto da primeira track com high notes impecáveis e estáveis. Ela conseguiu atingir o ápice de balada triste de arrancar lágrimas que One Last Time tinha (My Tragedy caminha para ser assim também). Depois temos Spark, a title, e Find Me. Essa última segue a linha mais anos 1980/90 que Something New tinha, porém com um olhar mais lento, voltado aos vocais, que caminham para níveis mais agudos no refrão, a transição de acordes são suaves.

Love You Like Crazy tem cara de title e que merecia um MV, mesmo que fosse um simples, com ela cantando e o mundo ao redor sendo destruído por uma tempestade (Li isso em um comentário aleatório e amei o conceito!). Também poderia ter sido um MV teaser para causar buzz como o Super Júnior fez com I Think I. Seguimos com LOL, que possui uma pegada mais vintage, todo um clima retrô em que o vocal contido dela combina muito bem e cria uma clima mais sexy (A famosa música de ‘cexo’).

Better Babe começa como uma baladinha suave e sem muita variação de instrumental e vocal. Contudo, quando chega no pré-refrão, tudo some, o vocal dela sussurra e explode em um refrão agudo lindo demais. Ela segue como uma follow-up de LOL, para ser verdade, pois elas se conversam muito. Wine persiste na linha retrô, um conceito que as Girls’Generation trabalharam no Holiday Night e a Taeyeon teve no My Voice, o primeiro full álbum dela, e em alguns comebacks futuros. Entretanto, dessa vez, caminha para um ar dramático, com toques altos e marcantes no vocal. Ela segue como a baladinha romântica de ver o céu estrelado enquanto toma vinho.

Do You Love Me? toma o ar de filler do Purpose. Lógico que, conhecendo a mulher, isso é o que ela mais amou cantar, sem dúvida. O crescimento da melodia é bom, memorável para os fãs, mas bem passável para quem não quer nada. Depois, vem a outra filler que é City Love, com toque bem mais agitado que a anterior, mas segue o ar nostálgico das décadas passadas, com vocais mais contidos, sem se esforçar, que poderia ser um solo de algum idol de barzinho ou café fino de esquina.

Gravity tem aquele ar de música triste, mas que acalma e você escuta porque te faz bem. Talvez seria a Fermata daqui? Não sei, mas o refrão tem um toque tão especial, é suave e bem tocante. O vocal dela extrapola em alguns pontos, mas segue o mesmo nível. Encerrando, a SM aproveitou Four Seasons e Blue para encher espaço. Four Seasons aquela linha mais retrô, mas com o toque primaveril que a época do lançamento pedia, além de trazer a Tae fazendo vários carões para a câmera ou olhando ao nada. Blue é a música da bad de encerrar trabalho, instrumental simples de piano e vocal trabalhado (O acústico deve mudar nada).

Conclusão:

MVs: Four Seasons – 8/10; Spark – 10/10

Title: Four Seasons – 7/10: Spark – 9/10

Álbum Tracks: 54/60 (Cada b-side considerei 6 pontos, sendo City Love e Do You Love Me? pontuando apenas 3/6 cada uma)

Nota final: 88/100

Considerações:

O álbum dela é um dos melhores do ano ao meu ver, porém deixa a desejar em vários pontos. MV de Four Seasons é lindo, mas não inova, diferente de Spark, que conta com uma coreografia, que há tempos não víamos. Além disso, as duas que eu achei filler tem seu peso no final. Das duas titles de 2019, demorei para gostar de FS, diferente de Spark. Óbvio que para pontos negativa, há muitos positivos. As demais tracks marcam muito, ela seguiu uma coerência em tudo, tanto na videografia como na discografia. O vocal dela é impecável, marcou uma geração e permanece marcando. E que venham mais álbuns hinários melhores que esse.

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2 respostas em “Álbum Review: Taeyeon – Purpose”

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